Com o lançamento do EP "Filhos do Dragão do Mar", a banda A.R.S concedeu uma entrevista exclusiva no dia do lançamento as três horas da tarde no Instituto Federal do Ceará no dia 13 de Março de 2015 (sexta-feira passada).
Com o apoio do Vai dar Rock Ce, conseguimos uma entrevista super divertida com os quatro meninos cearenses que se consideram filhos do Dragão do Mar.
Antes de mais nada gostaria de agradecer as pessoas que tornaram tudo possível, como o Vinícius Scheffer que tirou as fotos da entrevista, a ajuda e o apoio do Micael Belo que foi super atencioso ao disponibilizar horário com eles em um dia super corrido como o de um lançamento de trabalho. Agradecer os meninos do VDR #Ce que é um novo parceiro imprescindível. E agradecer ao Micael Belo, Caio Vitor, Talmai Menezes e Diego Lemos que cederam uma horinha para responder as perguntas de uma forma bem humorada. Dizer desde já que o trabalho de vocês é muito bonito e bacana.
Dia 13 é um dia difícil para quem vai pegar a 13 de Maio para ir à algum lugar. A entrevista era no IFCE (Instituto Federal do Ceará), no coração da 13. Com um pouco de atraso, conseguimos começar a entrevista quase pontualmente. Os meninos muito bem humorados, sentaram no chão e ali mesmo decidimos que seria uma conversa com um tom bem engraçado e divertido.
FC: Queria saber um pouco como foi o começo de cada um de vocês na música.
Talmai: Meu primeiro contato com a música foi na igreja. Fui criado na igreja e cresci com isso. Só tive umas duas ou três aulas de bateria e o resto foi autodidata. Dai aprendi violão, também sozinho. Mas comecei a tocar mesmo, pra valer e com regularidade quando entrei na A.R.S .
Diego: Comigo foi porque meus pais sempre foram da igreja católica, daí todos os ensaios da liturgia eram em casa, então ficava sentado vendo enquanto todo mundo tocava. Comecei a tocar pegando um violãozinho e tal e fui fazendo as composições, tentei outras bandas, mas não deu certo. Conheço os meninos há três anos já, comecei a tocar com eles recentemente.
Caio: Só um complemento. O Diego foi o último a entrar na banda, é o novato e o “Bullynado” (todos riem).
Diego: Eu respiro e: “vish cara!”
(todos riem)
Caio: Meu primeiro contato de verdade com a música foi aqui no IFCE. Entrei no Ensino médio para fazer o técnico em telecomunicações e fazer uma cadeira relacionada a artes era o obrigatório no primeiro semestre. Eu tinha uma noção mínima de violão, fui tentar me inscrever e não deu certo. Me inscrevi então para as aulas de teclado mesmo tendo de ter um teclado, eu não tinha e menti para entrar. Acabei entrando porque não queria fazer as outras opções que eles ofereciam como dança e etc. Acho que não tenho jeito pra isso. Então comecei a gostar e me desenvolver no teclado, foi na mesma época que comecei a ouvir algumas bandas que influenciam a gente até hoje. Eu já tinha amizade com o Micael e na mesma época compus o rap de “Mar Cresceu: É Bodyboarding” mostrei para ele e a gente fez a primeira versão da música. Já na mesma hora surgiu a vontade de ter uma banda e foi quando a gente começou a estudar música de verdade. Acho que com todos aqui aconteceu isso. A gente começou a levar a música a sério mesmo com a banda.
Micael: Pois é, na minha infância eu tinha umas primas que tocavam instrumentos clássicos como violino e viola. Tive a introdução ao violino, mas não consegui me adaptar, pois eram aulas rigorosas e um pouco chatas para mim que tinha cinco anos de idade. Mas sempre gostei de música. Eu ganhava aquelas figurinhas e trocava por uma flauta sabe? Aprendi a tocar flauta também no estilo autodidata na adolescência e também porque a turma do colégio começou a tocar para as menininhas com o violão. Mas esse lance mesmo de tocar e melhorar profissionalmente foi com a banda.
Caio: A gente tá aprendendo agora. Tem muito pra evoluir, todos tem consciência de que precisamos sempre melhorar.
Talmai: A música é um oceano e agora que a gente começou a pegar a prancha.
Caio: Agora que começamos a dar as primeiras remadas. (todos riem) Mas enfim, é um aprendizado mesmo. Todo dia. De companheirismo respeito e amor por aquilo que a gente faz.
Talmai: Meu primeiro contato com a música foi na igreja. Fui criado na igreja e cresci com isso. Só tive umas duas ou três aulas de bateria e o resto foi autodidata. Dai aprendi violão, também sozinho. Mas comecei a tocar mesmo, pra valer e com regularidade quando entrei na A.R.S .
Diego: Comigo foi porque meus pais sempre foram da igreja católica, daí todos os ensaios da liturgia eram em casa, então ficava sentado vendo enquanto todo mundo tocava. Comecei a tocar pegando um violãozinho e tal e fui fazendo as composições, tentei outras bandas, mas não deu certo. Conheço os meninos há três anos já, comecei a tocar com eles recentemente.
Caio: Só um complemento. O Diego foi o último a entrar na banda, é o novato e o “Bullynado” (todos riem).
Diego: Eu respiro e: “vish cara!”
(todos riem)
Caio: Meu primeiro contato de verdade com a música foi aqui no IFCE. Entrei no Ensino médio para fazer o técnico em telecomunicações e fazer uma cadeira relacionada a artes era o obrigatório no primeiro semestre. Eu tinha uma noção mínima de violão, fui tentar me inscrever e não deu certo. Me inscrevi então para as aulas de teclado mesmo tendo de ter um teclado, eu não tinha e menti para entrar. Acabei entrando porque não queria fazer as outras opções que eles ofereciam como dança e etc. Acho que não tenho jeito pra isso. Então comecei a gostar e me desenvolver no teclado, foi na mesma época que comecei a ouvir algumas bandas que influenciam a gente até hoje. Eu já tinha amizade com o Micael e na mesma época compus o rap de “Mar Cresceu: É Bodyboarding” mostrei para ele e a gente fez a primeira versão da música. Já na mesma hora surgiu a vontade de ter uma banda e foi quando a gente começou a estudar música de verdade. Acho que com todos aqui aconteceu isso. A gente começou a levar a música a sério mesmo com a banda.
Micael: Pois é, na minha infância eu tinha umas primas que tocavam instrumentos clássicos como violino e viola. Tive a introdução ao violino, mas não consegui me adaptar, pois eram aulas rigorosas e um pouco chatas para mim que tinha cinco anos de idade. Mas sempre gostei de música. Eu ganhava aquelas figurinhas e trocava por uma flauta sabe? Aprendi a tocar flauta também no estilo autodidata na adolescência e também porque a turma do colégio começou a tocar para as menininhas com o violão. Mas esse lance mesmo de tocar e melhorar profissionalmente foi com a banda.
Caio: A gente tá aprendendo agora. Tem muito pra evoluir, todos tem consciência de que precisamos sempre melhorar.
Talmai: A música é um oceano e agora que a gente começou a pegar a prancha.
Caio: Agora que começamos a dar as primeiras remadas. (todos riem) Mas enfim, é um aprendizado mesmo. Todo dia. De companheirismo respeito e amor por aquilo que a gente faz.
FC: Vocês tinham outros planos ou a música sempre foi bem enraizada em vocês? Sempre gostaram mesmo?
Talmai: Eu pensei em levar a música realmente como profissão depois dos 15 anos de idade, sendo que comecei a tocar com onze. Aí depois dos 15 começou aquele sonho adolescente que ficou mais real ainda depois da A.R.S.
Diego: É que, tipo assim, eu gostava muito de tocar e por ter tentado várias vezes que não deram certo, deixei o profissionalismo da música de lado e tentei fazer duas faculdades. Acabou não dando certo. Mas o sonho sempre foi viver de música, apesar de ser difícil, é o sonho.
Caio: Cara, eu já quis ser goleiro profissional, já joguei em categorias de base do Ceará, do Fortaleza, do Sumov e vários outros. Futsal e campo. Enfim, eu era bolsista de uma escola para jogar no time de lá e quando sai para fazer o ensino médio, vim para o IFCE. E aí eu acho que me encontrei. Comecei a perder o contato com o futebol e a me envolver com a música. Hoje faço faculdade de Jornalismo e pretendo me especializar em jornalismo cultural, trabalho na área, mas todo o dinheiro que pego lá é pra investir na banda. Eu vejo como algo que posso conciliar com a banda.
Micael: Acho que a ambição de viver da música mesmo foi só depois do início da A.R.S. Tinha aquele amor, a paixão pela música, mas foi mesmo depois da banda. Eu fazia faculdade de turismo aqui no IFCE, queria trabalhar na produção de eventos culturais e ainda estou no meio né? Hoje aqui eu quem estou produzindo o evento. Mas hoje, eu quero mesmo viver só da música. E embora trabalhe com filmagens e edição, é sempre nessa área musical mesmo. A gente que tá produzindo nosso material audiovisual também.
FC: Quando foi que a A.R.S começou?
Caio: Nessa época que eu entrei no IFCE. Tinha uns 17 anos, foi no finalzinho de 2011 para começo de 2012. Porém era uma ideia. A gente começou a juntar uma galera lá em casa para trocar uma ideia e tocar nossas músicas no violão. Mas a banda começou pra valer em 2013, com o primeiro EP “Amigos Rock & Surf”. O Talmai já tinha entrado para a banda e a gente já tinha meio que uma formação fechada.
FC: Nesse meio tempo já devem ter passado outras pessoas pela banda. O Diego foi o último a entrar.
Diego: E espero ser o último mesmo,
(Todos riem)
FC: Eu também espero! Mas essa formação aqui tem desde quando?
Diego: Tem no máximo 5 meses
Talmai: Eu pensei em levar a música realmente como profissão depois dos 15 anos de idade, sendo que comecei a tocar com onze. Aí depois dos 15 começou aquele sonho adolescente que ficou mais real ainda depois da A.R.S.
Diego: É que, tipo assim, eu gostava muito de tocar e por ter tentado várias vezes que não deram certo, deixei o profissionalismo da música de lado e tentei fazer duas faculdades. Acabou não dando certo. Mas o sonho sempre foi viver de música, apesar de ser difícil, é o sonho.
Caio: Cara, eu já quis ser goleiro profissional, já joguei em categorias de base do Ceará, do Fortaleza, do Sumov e vários outros. Futsal e campo. Enfim, eu era bolsista de uma escola para jogar no time de lá e quando sai para fazer o ensino médio, vim para o IFCE. E aí eu acho que me encontrei. Comecei a perder o contato com o futebol e a me envolver com a música. Hoje faço faculdade de Jornalismo e pretendo me especializar em jornalismo cultural, trabalho na área, mas todo o dinheiro que pego lá é pra investir na banda. Eu vejo como algo que posso conciliar com a banda.
Micael: Acho que a ambição de viver da música mesmo foi só depois do início da A.R.S. Tinha aquele amor, a paixão pela música, mas foi mesmo depois da banda. Eu fazia faculdade de turismo aqui no IFCE, queria trabalhar na produção de eventos culturais e ainda estou no meio né? Hoje aqui eu quem estou produzindo o evento. Mas hoje, eu quero mesmo viver só da música. E embora trabalhe com filmagens e edição, é sempre nessa área musical mesmo. A gente que tá produzindo nosso material audiovisual também.
FC: Quando foi que a A.R.S começou?
Caio: Nessa época que eu entrei no IFCE. Tinha uns 17 anos, foi no finalzinho de 2011 para começo de 2012. Porém era uma ideia. A gente começou a juntar uma galera lá em casa para trocar uma ideia e tocar nossas músicas no violão. Mas a banda começou pra valer em 2013, com o primeiro EP “Amigos Rock & Surf”. O Talmai já tinha entrado para a banda e a gente já tinha meio que uma formação fechada.
FC: Nesse meio tempo já devem ter passado outras pessoas pela banda. O Diego foi o último a entrar.
Diego: E espero ser o último mesmo,
(Todos riem)
FC: Eu também espero! Mas essa formação aqui tem desde quando?
Diego: Tem no máximo 5 meses
FC: E quando aconteceu o “BOOM” da banda?
Micael: Rapaz esse “BOOM” demorou, viu?
(todos riem)
Caio: Na verdade acho que esse “Boom” tá começando a começar agora. Acho que pra gente começar a viver de música falta muita estrada, muito chão ainda. É um negócio que está começando a rolar devido a amigos e a identificação que as pessoas estão tendo com a banda. Estamos acreditando que é viável sim, que é possível sim viver de música e ser louco de abrir mão de muita coisa para fazer acontecer. Na verdade nem é abrir mão, é fazer escolhas.
Micael: É fazer escolha. “Cada escolha é uma renúncia”. E tem uma coisa interessante. Nosso primeiro show foi num campeonato de Bodyboarding na praia da Taíba, no caso, nesse tempo era só eu e o Caio na banda. Esse primeiro show foi irado, eram músicas nossas e as pessoas que estava lá não conheciam e estavam gostando. Até muitos bodyboarders profissionais vieram falar com a gente, elogiaram e tal. A noite foi tão mágica e tudo tão bonito que a gente sentou na areia da praia depois do show e falamos “Mermão, eu quero isso pra minha vida”.
Caio: Foi esse show mesmo... A primeira vez que eu e esse se cara nos apresentamos na vida foi tocando músicas nossas. Antes do show tivemos contato com músicos profissionais de surf music, conversamos com os caras e eles contaram pra gente como era essa vida de músico, shows em Fernando de Noronha e etc... e eu fiquei: “Cara, se conseguir viver disso vai ser lindo”.
FC: Como vocês sentem esse tipo de música de vocês aqui no Ceará? O cenário é propício?
Talmai: Eu tiro o exemplo lá de casa. A minha avó só gostava das músicas do tempo dela. Quando eu cheguei com o CD lá em casa e ela ouviu, ela falou: “rapaz, até que eles tocam bem!” É um som fácil de aceitar mesmo por pessoas mais tradicionais. Amigas minhas forrozeiras hoje ouvem as músicas e compartilham e gostam. Acho que a aceitação da gente, por ser um som mais amplo, é muito boa. É fácil.
Micael: E a gente vai construindo e... (ele olhou para o Caio e perguntou: Quer falar?)
Caio: Eu quero muito! (Todos riram) Aqui em Fortaleza na época em que a gente começou a se envolver com música, em 2012, 2013, por aí, tinha uma onda Indie Rock muito forte na cidade, ainda. E não que a gente tenha alguma coisa contra, mas não tinha nada autoral voltado para o surf rock, para o reggae e para essa mistura que a gente faz, não tinha um cenário, se tinha, não conhecíamos. Algo que acho estranho, pois Fortaleza é uma cidade praiana de praias muito bonitas e tem uma vida voltada para isso. Pra mim, é estranho não ter muitas bandas influenciadas pela praia aqui. Tipo no Rio de Janeiro, onde tu percebe que há refletido nas músicas o que a moçada vive na praia, é algo natural. Acho que é lá onde estão bandas que mais influenciam a gente. Aqui também tem a banda “Soulzen” que toca músicas muito boas e está construindo com a gente esse cenário bacana de surf rock, reggae, etc...
Talmai: E o Ceará é a terra do sol, né?
Caio: Isso, e assim, por surfar, eu acho que eu e o Micael, acabamos falando muito disso, do que a gente vive. Acho que tem uma galera que tem se identificado. Quanto mais gente tiver coragem de seguir esse caminho, melhor.
Talmai: Eu tiro o exemplo lá de casa. A minha avó só gostava das músicas do tempo dela. Quando eu cheguei com o CD lá em casa e ela ouviu, ela falou: “rapaz, até que eles tocam bem!” É um som fácil de aceitar mesmo por pessoas mais tradicionais. Amigas minhas forrozeiras hoje ouvem as músicas e compartilham e gostam. Acho que a aceitação da gente, por ser um som mais amplo, é muito boa. É fácil.
Micael: E a gente vai construindo e... (ele olhou para o Caio e perguntou: Quer falar?)
Caio: Eu quero muito! (Todos riram) Aqui em Fortaleza na época em que a gente começou a se envolver com música, em 2012, 2013, por aí, tinha uma onda Indie Rock muito forte na cidade, ainda. E não que a gente tenha alguma coisa contra, mas não tinha nada autoral voltado para o surf rock, para o reggae e para essa mistura que a gente faz, não tinha um cenário, se tinha, não conhecíamos. Algo que acho estranho, pois Fortaleza é uma cidade praiana de praias muito bonitas e tem uma vida voltada para isso. Pra mim, é estranho não ter muitas bandas influenciadas pela praia aqui. Tipo no Rio de Janeiro, onde tu percebe que há refletido nas músicas o que a moçada vive na praia, é algo natural. Acho que é lá onde estão bandas que mais influenciam a gente. Aqui também tem a banda “Soulzen” que toca músicas muito boas e está construindo com a gente esse cenário bacana de surf rock, reggae, etc...Talmai: E o Ceará é a terra do sol, né?
Caio: Isso, e assim, por surfar, eu acho que eu e o Micael, acabamos falando muito disso, do que a gente vive. Acho que tem uma galera que tem se identificado. Quanto mais gente tiver coragem de seguir esse caminho, melhor.
FC: As influências musicais?
Caio: A vida! (Todos riem), o mar.
Talmai: Acho que a banda principal é Forfun.
Caio: Musicalmente, com certeza foi a banda que nos uniu. Charlie Brown Jr, bandas californianas e Hard rock.
FC: E vocês surfam? Todos gostam de praia aqui?
(Todos falam e riem ao mesmo tempo quando o Diego disse “sim”)
Diego: Não, mas eu sou um cara praieiro. Surfo no asfalto com o skate.
FC: Mas ajuda a compor?
Micael: Nossa, total. A Inspiração vem disso mesmo.
FC: Hoje é um grande dia! Me digam como está o coração?
Caio: A gente tá esperando lotar isso daqui. A moçada do audiovisual do IFCE foi muito bacana de ceder o espaço. Mas toda a organização está sendo feita por nós mesmos. Fizemos a divulgação por conta própria e graças a alguns amigos a gente conseguiu com que a notícia fosse parar no jornal O Povo e no CETV (jornal local ao meio dia). Agradecemos as pessoas que viabilizaram. Também usamos o Facebook e colamos cartazes pela cidade para divulgar. Lotando ou não a gente vai fazer um “showzasso” para quem vier. E sobre o EP “Filhos do Dragão do Mar” a expectativa é grande. Hoje é o primeiro show de lançamento. Estamos fechando uma turnê pela cidade, e tentando marcar datas de shows fora da cidade e do estado também. Estamos iniciando uma fase nova.
Caio: A vida! (Todos riem), o mar.
Talmai: Acho que a banda principal é Forfun.
Caio: Musicalmente, com certeza foi a banda que nos uniu. Charlie Brown Jr, bandas californianas e Hard rock.
FC: E vocês surfam? Todos gostam de praia aqui?
(Todos falam e riem ao mesmo tempo quando o Diego disse “sim”)
Diego: Não, mas eu sou um cara praieiro. Surfo no asfalto com o skate.
FC: Mas ajuda a compor?
Micael: Nossa, total. A Inspiração vem disso mesmo.
FC: Hoje é um grande dia! Me digam como está o coração?
Caio: A gente tá esperando lotar isso daqui. A moçada do audiovisual do IFCE foi muito bacana de ceder o espaço. Mas toda a organização está sendo feita por nós mesmos. Fizemos a divulgação por conta própria e graças a alguns amigos a gente conseguiu com que a notícia fosse parar no jornal O Povo e no CETV (jornal local ao meio dia). Agradecemos as pessoas que viabilizaram. Também usamos o Facebook e colamos cartazes pela cidade para divulgar. Lotando ou não a gente vai fazer um “showzasso” para quem vier. E sobre o EP “Filhos do Dragão do Mar” a expectativa é grande. Hoje é o primeiro show de lançamento. Estamos fechando uma turnê pela cidade, e tentando marcar datas de shows fora da cidade e do estado também. Estamos iniciando uma fase nova.
FC: E por que o nome “Filhos do dragão do mar”?
Caio: Acreditamos que poucos nomes conseguem representar tão bem o Ceará e a atitude do povo cearense quanto o do Francisco José do Nascimento, Dragão do Mar. A gente decidiu fazer essa homenagem ao perceber que o EP acabou ficando com uma cara bem regional e para falar que assim como ele temos orgulho sim de ser cearenses, de ser nordestinos, mas acima de disso, de ser humanos, independente de estado, de regionalidade, cor da pele ou qualquer outra coisa.
FC: Vocês falaram sobre a primeira vez que tocaram para um público foi na Taíba em um campeonato e falaram pra si mesmos: “ah, eu quero viver de música” Qual foi à sensação?
Micael: O que me chamou atenção é que eu não fiquei nervoso. Sempre foi um processo super prazeroso. Antes, durante e depois. É diversão. É uma brincadeira, brincadeira séria, mas uma brincadeira. Posso falar do êxtase durante o show, de ver aquela plateia que não te conhece e tá curtindo a sua música, a sua primeira apresentação e ter aquele recebimento e aquela surpresa.
Caio: Uma surpresa seguida de alegria. Um som autoral que a gente viu um recebimento muito bacana.
Micael: E em um ambiente mítico pra gente né? A praia da Taíba, nossa praia predileta onde tem os picos mais irados de surf do Ceará. E em um campeonato daquilo que a gente gosta, com pessoas que gostamos. Enfim, foi mágico mesmo.
FC: Bom, um dia estava indo à Beira Mar com o Fábio a caminho do evento Free Hugs organizado pela Barba Produções. Daí ouvi falar que vocês iam tocar no Luau que teria depois. Eu não conhecia o som de vocês e então o Fábio falou: “Vou colocar uma música deles aqui que você vai gostar”. Era uma música muito peculiar (todos começaram a rir) que se chama a “Mãe do William”. Eu gostaria muito, muito, muito de saber como surgiu essa música.
Micael: Olha, vai ter que desligar isso aí pra te contar e depois liga de novo pra gente contar a história oficial.
(todos riem)
Caio: Não, não. Tem esse negócio de confidencial no jornalismo não que eu tou sabendo (risadas).
FC: Ta bom, quem era o William?
(Todos riem)
Micael: Direta ela.
Caio: Tá bom, a maioria da pivetada tem esse mau hábito de xingar a mãe do outro, fazer música da mãe do outro. A gente também teve isso, principalmente eu e o Micael que nos conhecemos desde os oito anos de idade. William é um nome fictício, um pseudônimo. Foi uma brincadeira que fiz e mostrei a letra para o Micael. A gente fez a música e ficou bem hardcore e animada. A gente se divertiu tocando aquilo e decidimos gravar.
Micael: E é uma das músicas mais agitadas no show. Nós adoramos tocá-la e a maioria da galera não tem se importado se tem palavrões.
Caio: Acreditamos que poucos nomes conseguem representar tão bem o Ceará e a atitude do povo cearense quanto o do Francisco José do Nascimento, Dragão do Mar. A gente decidiu fazer essa homenagem ao perceber que o EP acabou ficando com uma cara bem regional e para falar que assim como ele temos orgulho sim de ser cearenses, de ser nordestinos, mas acima de disso, de ser humanos, independente de estado, de regionalidade, cor da pele ou qualquer outra coisa.
FC: Vocês falaram sobre a primeira vez que tocaram para um público foi na Taíba em um campeonato e falaram pra si mesmos: “ah, eu quero viver de música” Qual foi à sensação?
Micael: O que me chamou atenção é que eu não fiquei nervoso. Sempre foi um processo super prazeroso. Antes, durante e depois. É diversão. É uma brincadeira, brincadeira séria, mas uma brincadeira. Posso falar do êxtase durante o show, de ver aquela plateia que não te conhece e tá curtindo a sua música, a sua primeira apresentação e ter aquele recebimento e aquela surpresa.
Caio: Uma surpresa seguida de alegria. Um som autoral que a gente viu um recebimento muito bacana.
Micael: E em um ambiente mítico pra gente né? A praia da Taíba, nossa praia predileta onde tem os picos mais irados de surf do Ceará. E em um campeonato daquilo que a gente gosta, com pessoas que gostamos. Enfim, foi mágico mesmo.
FC: Bom, um dia estava indo à Beira Mar com o Fábio a caminho do evento Free Hugs organizado pela Barba Produções. Daí ouvi falar que vocês iam tocar no Luau que teria depois. Eu não conhecia o som de vocês e então o Fábio falou: “Vou colocar uma música deles aqui que você vai gostar”. Era uma música muito peculiar (todos começaram a rir) que se chama a “Mãe do William”. Eu gostaria muito, muito, muito de saber como surgiu essa música.Micael: Olha, vai ter que desligar isso aí pra te contar e depois liga de novo pra gente contar a história oficial.
(todos riem)
Caio: Não, não. Tem esse negócio de confidencial no jornalismo não que eu tou sabendo (risadas).
FC: Ta bom, quem era o William?
(Todos riem)
Micael: Direta ela.
Caio: Tá bom, a maioria da pivetada tem esse mau hábito de xingar a mãe do outro, fazer música da mãe do outro. A gente também teve isso, principalmente eu e o Micael que nos conhecemos desde os oito anos de idade. William é um nome fictício, um pseudônimo. Foi uma brincadeira que fiz e mostrei a letra para o Micael. A gente fez a música e ficou bem hardcore e animada. A gente se divertiu tocando aquilo e decidimos gravar.
Micael: E é uma das músicas mais agitadas no show. Nós adoramos tocá-la e a maioria da galera não tem se importado se tem palavrões.
FC: Nas músicas de vocês tem sempre um “Q” social. Vocês acham que é importante essa coisa da música e o social?
Caio: Acho que a maioria dos artistas que ouço tem isso. O homem acaba sendo um produto do meio e para você como um ser pensante, cada vez mais, fica meio que impossível ficar alheio às coisas da sociedade. Acabar usando a arte como instrumento de mensagens que acreditamos serem verdadeiras e importantes faz parte do processo
FC: Vocês, como banda, já tiveram muitos momentos difíceis?
Talmai: É muito difícil, mas é gratificante saber que tem mais três doidos para enfrentar com você. Em janeiro, dia 03 de janeiro, uma chuva, um dilúvio e caiu um raio DENTRO do estúdio. Entrou na porta e danificou vários equipamentos. A gente ficou sem saber o que fazer. Todos os quatro de luto. (risadas)
Micael: E a gente vê que não são só quatro, temos amigos que nos ajudam muito. Que inclusive já emprestaram dinheiro em ocasiões como essa.
Caio: Sim, emprestaram uma grana e a gente tem que pagar. Por isso, a galera que comprar o nosso CD vai estar nos ajudando a sair da lista negra (risadas)
FC: Vocês apareceram no Jornal! E pela primeira vez na televisão. Mas como é que foi sair no jornal?
Micael: O Caio tava muito empolgado! Ele tava eufórico. (risadas)
Caio: Eu tava empolgado mesmo. A gente saiu no O Povo Online e quando acabei de avisar a moçada pelo whatsapp da banda, recebi a notícia que um amigo nosso tinha conseguido o contato com a Verdes Mares e ele perguntou se a gente podia fazer uma gravação e uma entrevista no dia seguinte. Eu estava no trabalho na hora da entrevista, mas dei um jeito de ir. É muito legal saber que a gente conseguiu invadir a TV. Querendo ou não, mesmo hoje em dia com a internet, isso ainda é muito importante.
Diego: Estávamos eu, o Micael e o Talmai juntos e sem televisão quando o programa foi ao ar, a gente invadiu a casa de um amigo pra ver e fizemos uma pequena folia lá no icaraí. (risos)
Caio: Acho que a maioria dos artistas que ouço tem isso. O homem acaba sendo um produto do meio e para você como um ser pensante, cada vez mais, fica meio que impossível ficar alheio às coisas da sociedade. Acabar usando a arte como instrumento de mensagens que acreditamos serem verdadeiras e importantes faz parte do processo
FC: Vocês, como banda, já tiveram muitos momentos difíceis?
Talmai: É muito difícil, mas é gratificante saber que tem mais três doidos para enfrentar com você. Em janeiro, dia 03 de janeiro, uma chuva, um dilúvio e caiu um raio DENTRO do estúdio. Entrou na porta e danificou vários equipamentos. A gente ficou sem saber o que fazer. Todos os quatro de luto. (risadas)
Micael: E a gente vê que não são só quatro, temos amigos que nos ajudam muito. Que inclusive já emprestaram dinheiro em ocasiões como essa.
Caio: Sim, emprestaram uma grana e a gente tem que pagar. Por isso, a galera que comprar o nosso CD vai estar nos ajudando a sair da lista negra (risadas)
FC: Vocês apareceram no Jornal! E pela primeira vez na televisão. Mas como é que foi sair no jornal?
Micael: O Caio tava muito empolgado! Ele tava eufórico. (risadas)
Caio: Eu tava empolgado mesmo. A gente saiu no O Povo Online e quando acabei de avisar a moçada pelo whatsapp da banda, recebi a notícia que um amigo nosso tinha conseguido o contato com a Verdes Mares e ele perguntou se a gente podia fazer uma gravação e uma entrevista no dia seguinte. Eu estava no trabalho na hora da entrevista, mas dei um jeito de ir. É muito legal saber que a gente conseguiu invadir a TV. Querendo ou não, mesmo hoje em dia com a internet, isso ainda é muito importante.
Diego: Estávamos eu, o Micael e o Talmai juntos e sem televisão quando o programa foi ao ar, a gente invadiu a casa de um amigo pra ver e fizemos uma pequena folia lá no icaraí. (risos)
FC: E os planos?
Caio: Divulgar bastante o EP “Filhos do Dragão do mar”, compor o máximo possível novas músicas, promover clipes, agilizar essa parte audiovisual da banda e trabalhar para gravar um álbum.
FC: Por que o Ceará e o Brasil merecem conhecer a Banda A.R.S?
Caio: Porque “merece”, eu não sei ao certo, mas acho que deveria porque o trabalho que a gente faz é de coração, e acredito que muitas pessoas podem se identificar. Ahh, e porque queremos tocar no máximo de cidades possível pelo Brasil!
Micael: Um amigo nosso estava passando por uma dificuldade e ouviu uma música nossa que falava “vida nova todo dia” e agradeceu por termos apresentado a banda. Isso foi bem gratificante.
Caio: Divulgar bastante o EP “Filhos do Dragão do mar”, compor o máximo possível novas músicas, promover clipes, agilizar essa parte audiovisual da banda e trabalhar para gravar um álbum.
FC: Por que o Ceará e o Brasil merecem conhecer a Banda A.R.S?
Caio: Porque “merece”, eu não sei ao certo, mas acho que deveria porque o trabalho que a gente faz é de coração, e acredito que muitas pessoas podem se identificar. Ahh, e porque queremos tocar no máximo de cidades possível pelo Brasil!
Micael: Um amigo nosso estava passando por uma dificuldade e ouviu uma música nossa que falava “vida nova todo dia” e agradeceu por termos apresentado a banda. Isso foi bem gratificante.
O lançamento do EP foi incrível e lotou o ambiente. Vocês podem ler a resenha do show que o VDR #Ce fez aqui.
Gostaria também de falar que quando eles tocaram "Entorpecida", lembrei bastante da minha querida amiga Laura que faleceu em janeiro. Foi realmente tocante.
Já agradeci, já falei demais, já disse que sou fã de carteirinha!
Obrigada Banda A.R.S!
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